Se nos CTT não tiverem conhecimento do Regime Especial que existe para a Guiné-Bissau, ...
http://www2.ctt.pt/fewcm/wcmservlet/ctt/particulares/ofertainternacional/cartasedocumentos/enviosnaourgentes/correioeconom.html
Regime Especial (1)
Até 20g: € 0,30
Mais de 20g a 50g: € 0,50
Mais de 50g a 100g: € 0,55
Mais de 100g a 250g: € 1,25
Mais de 250g a 500g: € 1,25
Mais de 500g a 1000g: € 2,80
Mais de 1000g a 2000g:€ 2,80
(1) Regime Especial: Guiné Bissau, S. Tomé, e Timor Leste
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Porque para eles também há Natal...
Tal como as crianças portuguesas, as crianças guineenses também sonham a cores. No entanto, muitas delas não têm meios para os colorir. Para isso contamos contigo.
Somos um grupo de professores portugueses do Ensino Básico a trabalhar na Guiné-Bissau. Fazemos parte de um projecto da Cooperação Portuguesa – Programa de Apoio ao Sistema Educativo da Guiné-Bissau (PASEG). Estamos a trabalhar com crianças que não têm acesso à maioria dos materiais que tantas crianças portuguesas têm em excesso.
Ajudar é fácil! Custa 2,80€ e uma ida aos Correios.
Nos Correios existe uma modalidade de “correio económico”, um regime especial para o envio de encomendas para este país. O peso máximo permitido é de 2 Kg por pacote. Para mais esclarecimentos podes consultar o seguinte endereço: http://www.ctt.pt/
Faça as nossas crianças sorrir com:
- canetas de feltro;
- colas;
- guaches;
- aguarelas;
- lápis de cor;
- lápis de carvão;
- tesouras escolares;
- fita-cola;
- borrachas;
- afias;
- plasticinas;
- ...
Envia o teu sorriso (contributo) para:
Cooperação Portuguesa – PASEG
Ao cuidado do Ensino Básico
Apartado 24 Bissau
Guiné-Bissau
Juntamente com o material, envia-nos o teu e-mail, que nós enviaremos o sorriso prometido.
Passa esta mensagem para que mais crianças possam sorrir!
As crianças da Guiné-Bissau agradecem!
Somos um grupo de professores portugueses do Ensino Básico a trabalhar na Guiné-Bissau. Fazemos parte de um projecto da Cooperação Portuguesa – Programa de Apoio ao Sistema Educativo da Guiné-Bissau (PASEG). Estamos a trabalhar com crianças que não têm acesso à maioria dos materiais que tantas crianças portuguesas têm em excesso.
Ajudar é fácil! Custa 2,80€ e uma ida aos Correios.
Nos Correios existe uma modalidade de “correio económico”, um regime especial para o envio de encomendas para este país. O peso máximo permitido é de 2 Kg por pacote. Para mais esclarecimentos podes consultar o seguinte endereço: http://www.ctt.pt/
Faça as nossas crianças sorrir com:
- canetas de feltro;
- colas;
- guaches;
- aguarelas;
- lápis de cor;
- lápis de carvão;
- tesouras escolares;
- fita-cola;
- borrachas;
- afias;
- plasticinas;
- ...
Envia o teu sorriso (contributo) para:
Cooperação Portuguesa – PASEG
Ao cuidado do Ensino Básico
Apartado 24 Bissau
Guiné-Bissau
Juntamente com o material, envia-nos o teu e-mail, que nós enviaremos o sorriso prometido.
Passa esta mensagem para que mais crianças possam sorrir!
As crianças da Guiné-Bissau agradecem!
E porque já é Natal...
Um presente inesperado
Chovera toda a noite. As ruas eram autênticas ribeiras, arrastando na enxurrada toda a espécie de detritos. Os carros passando a alta velocidade espalhavam, indiferentes, água suja sobre os transeuntes, molhando-os, sujando-os.
O Tonito seguia também naquela onda humana, sem destino. Tinha-se escapulido da barraca, onde vivia. Os pais tinham saído cedo para o trabalho, ainda ele dormia, os irmãos ficaram por lá brincando, chapinhando na lama que rodeava a barraca. Ele desceu à cidade, onde tudo o deslumbrava. Todo aquele movimento irregular, caótico, frenético. Os automóveis em correrias loucas, as gentes apressadas nos seus afazeres. E lá seguia pequenino, entre a multidão, numa cidade impávida, indiferente, cruel mesmo. Passava em frente às pastelarias, olhava para as montras recheadas de doçuras, ele comera de manhã um bocado de pão duro e bebera um copo de água. Vinha-lhe o aroma agradável dos bolos, o seu pequeno estômago doía-lhe com fome! Chovia agora mansamente, uma chuva gelada, levando uma cidade onde se cruzavam o fausto, a vaidade, o ter tudo, os embrulhos enfeitados das prendas, com a dor a melancolia, o sofrimento, o ter nada e no meio uma criança triste e com fome!
Mas o Tonito gostava era de ver as lojas dos brinquedos. Lá estavam os carros de corrida, o comboio, os bonecos, enfim todo um mundo maravilhoso que ele vivia, esborrachando o nariz sujo contra a montra. Lá dentro ia grande azáfama nas compras de Natal. E os carros de corrida, o comboio, os bonecos eram embrulhados em papéis bonitos para irem fazer a alegria de outros meninos. Uma lágrima descia, marcando-lhe um sulco na sujidade da carita. Eis que os seus olhos reparam num menino, que de lá dentro o olhava. Desviou-se envergonhado. Não gostava que o vissem chorar. E afastou-se devagar, pensando nos meninos que tinham Natal, guloseimas e carros de corrida para brincar. Ele nada tinha, além da fome e a ânsia de ser feliz e viver como os outros. Pensou no Natal, no Menino Jesus, que diziam que era amigo das crianças a quem dá tudo. Por que é que a ele o Jesus Pequenino do presépio nada dava?
De repente, uma mãozinha tocou-lhe no ombro.
Voltou-se assustado. Era o menino da loja que lhe metia na mão um embrulho bonito. À frente a mãe, carregada de embrulhos, fazia de conta que nada via. Abriu-o e deslumbrado viu um carro de corridas, encarnado, brilhante, como os olhos do menino que lá ao longe lhe acenava. Ficou um momento sem saber o que fazer, mas depois largou a correr, mostrando bem alto a sua prenda de Natal.
Parara de chover. O sol tentava romper as nuvens escuras, lançando um raio de luz brilhante e quente sobre o Tonito, que ria feliz, numa carita sulcada pelas lágrimas.
Fernando Sequeira
Chovera toda a noite. As ruas eram autênticas ribeiras, arrastando na enxurrada toda a espécie de detritos. Os carros passando a alta velocidade espalhavam, indiferentes, água suja sobre os transeuntes, molhando-os, sujando-os.
O Tonito seguia também naquela onda humana, sem destino. Tinha-se escapulido da barraca, onde vivia. Os pais tinham saído cedo para o trabalho, ainda ele dormia, os irmãos ficaram por lá brincando, chapinhando na lama que rodeava a barraca. Ele desceu à cidade, onde tudo o deslumbrava. Todo aquele movimento irregular, caótico, frenético. Os automóveis em correrias loucas, as gentes apressadas nos seus afazeres. E lá seguia pequenino, entre a multidão, numa cidade impávida, indiferente, cruel mesmo. Passava em frente às pastelarias, olhava para as montras recheadas de doçuras, ele comera de manhã um bocado de pão duro e bebera um copo de água. Vinha-lhe o aroma agradável dos bolos, o seu pequeno estômago doía-lhe com fome! Chovia agora mansamente, uma chuva gelada, levando uma cidade onde se cruzavam o fausto, a vaidade, o ter tudo, os embrulhos enfeitados das prendas, com a dor a melancolia, o sofrimento, o ter nada e no meio uma criança triste e com fome!
Mas o Tonito gostava era de ver as lojas dos brinquedos. Lá estavam os carros de corrida, o comboio, os bonecos, enfim todo um mundo maravilhoso que ele vivia, esborrachando o nariz sujo contra a montra. Lá dentro ia grande azáfama nas compras de Natal. E os carros de corrida, o comboio, os bonecos eram embrulhados em papéis bonitos para irem fazer a alegria de outros meninos. Uma lágrima descia, marcando-lhe um sulco na sujidade da carita. Eis que os seus olhos reparam num menino, que de lá dentro o olhava. Desviou-se envergonhado. Não gostava que o vissem chorar. E afastou-se devagar, pensando nos meninos que tinham Natal, guloseimas e carros de corrida para brincar. Ele nada tinha, além da fome e a ânsia de ser feliz e viver como os outros. Pensou no Natal, no Menino Jesus, que diziam que era amigo das crianças a quem dá tudo. Por que é que a ele o Jesus Pequenino do presépio nada dava?
De repente, uma mãozinha tocou-lhe no ombro.
Voltou-se assustado. Era o menino da loja que lhe metia na mão um embrulho bonito. À frente a mãe, carregada de embrulhos, fazia de conta que nada via. Abriu-o e deslumbrado viu um carro de corridas, encarnado, brilhante, como os olhos do menino que lá ao longe lhe acenava. Ficou um momento sem saber o que fazer, mas depois largou a correr, mostrando bem alto a sua prenda de Natal.
Parara de chover. O sol tentava romper as nuvens escuras, lançando um raio de luz brilhante e quente sobre o Tonito, que ria feliz, numa carita sulcada pelas lágrimas.
Fernando Sequeira
sábado, 17 de novembro de 2007
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Salas de aulas
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Mutilação Genital Feminina
Governo guineense e UNICEF querem erradicar excisão feminina
A agência das Nações Unidas e a Guiné-Bissau querem implementar uma estratégia que faça com que, a médio prazo, as populações muçulmanas abandonem esta prática ancestral, que não raras vezes acaba com a morte da mulher.
Pedro Chaveca
8:53 Domingo, 11 de Nov de 2007
O governo de Bissau e o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para as Crianças (UNICEF) querem erradicar a prática da excisão feminina, ou "fanado de mulher", do território guineense. Para isso vai ser lançada uma vasta campanha de sensibilização junto da comunidade muçulmana.
Durante a semana passada decorreu uma reunião em Bissau, entre responsáveis governamentais, organizações não-governamentais (ONG) e a UNICEF, cujo objectivo era, precisamente, delinear uma estratégia para que esta prática, que envolve a amputação do clítoris, seja abandonada em definitivo. Embora já existam campanhas de sensibilização em curso há mais de 15 anos, os resultados estiveram sempre longe do pretendido.
Hoje, e mesmo com crianças cada vez mais novas a serem excisadas, as ONG no terreno estão mais optimistas do que no passado: "Em todas as circunstâncias é difícil, mas pessoalmente acredito que vamos conseguir alcançar o sucesso, sabendo que actualmente a população está mais receptiva para falar sobre este assunto", avançou Ensa Jandi, da ONG Alansar.
Jandi apelou ainda para que se realize uma iniciativa a nível global, pois "só com o apoio da comunidade internacional iremos conseguir obter resultados positivos daqui a alguns anos", sublinhou.
"O Islão recomenda a protecção da mulher e não a sua mutilação"
Aladje Blade, director de programa da ONG Plan Internacional na Guiné-Bissau, realizou um estudo que revelou uma realidade bastante negra, com crianças cada vez mais novas a serem submetidas à remoção do clítoris.
"A conclusão deste trabalho é que é cada vez menor a idade das crianças submetidas à excisão. O estudo recomenda que não se deve abordar esta questão de forma isolada, mas sim no contexto das necessidades das comunidades", referiu Blade.
Quanto a esta prática ancestral ser uma indicação do Islão, Fatumata Djau Baldé, activista guineense pró-abolição da mutilação genital feminina, desmente: "A prática da excisão é anterior ao Islão, a sua recomendação é meramente tradicional. O que o Islão recomenda é a protecção da mulher e não a sua mutilação".
A mutilação genital ou excisão feminina é considerada uma norma social de iniciação, praticada por parte da comunidade muçulmana na Guiné-Bissau. Envolta num grande secretismo, acarreta sempre grande sofrimento para a criança, que é amputada sem qualquer recurso a anestesia.
Em virtude da falta de higiene com que estas cirurgias são realizadas é comum a ocorrência de hemorragias e danos graves nos órgãos genitais das crianças, bem como transmissão de doenças infecciosas e, nalguns casos, a morte.
in Expresso
P.s. Se puderem, leiam Cicatrizes de Mulher de Sofia Branco. Trata-se de um estudo feito por esta jornalista que dá a conhecer a triste realidade das mulheres que são mutiladas em todo o mundo. É uma obra de fácil leitura e que nos ajuda a perceber a realidade da Mutilação Genital Feminina (MGF).
domingo, 11 de novembro de 2007
Que o teu sonho se realize!
Ser professor na Guiné-Bissau é muito diferente de ser-se professor em Portugal. Num e noutro lugar temos de ultrapassar muitas barreiras. Aqui a maior de todas é a língua. Prova disto é o texto que a seguir transcrevo.
Quando eu for grande quero ser jornalista. é por isso que entraram neste curso de lingua português para aprender falar e escrever e colocar os verbos bem correcto. Eu amava muito lingua mas eu tenho muito dificuldade de falar e espremir e escrever, É iram fazer o curso na centro cultural da lingua portuguessa, meu nome não saio é por isso que eu ficou muito mal, mas conforma no outro dia eu entraram na oficina encontrou um professora Liliana escrevi na curso da lingua portuguessa para tirminar eu quero ser um bom aluno e um bom jornalista para procuram informações.
Obrigado
P.S. Ao realizares o teu sonho, estás, sem saber, a realizar o meu.
Obrigada.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Mamã África
Mamã África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
Mamã África, tem
Tanto o que fazer
Além de cuidar neném
Além de fazer denguim
Filhinho tem que entender
Mamã África vai e vem
Mas não se afasta de você...
Mamã África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
Quando Mamã sai de casa
Seus filhos de olodunzam
Rola o maior jazz
Mamã tem calo nos pés
Mamã precisa de paz...
Mamã não quer brincar mais
Filhinho dá um tempo
É tanto contratempo
No ritmo de vida de mama...
Mamã África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
É do Senegal
Ser negão, Senegal...
Deve ser legal
Ser negão, Senegal...
Mamã África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
Mamã África
A minha mãe
Mamã África
A minha mãe
Mamã África...
Chico César
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
Mamã África, tem
Tanto o que fazer
Além de cuidar neném
Além de fazer denguim
Filhinho tem que entender
Mamã África vai e vem
Mas não se afasta de você...
Mamã África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
Quando Mamã sai de casa
Seus filhos de olodunzam
Rola o maior jazz
Mamã tem calo nos pés
Mamã precisa de paz...
Mamã não quer brincar mais
Filhinho dá um tempo
É tanto contratempo
No ritmo de vida de mama...
Mamã África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
É do Senegal
Ser negão, Senegal...
Deve ser legal
Ser negão, Senegal...
Mamã África
A minha mãe
É mãe solteira
E tem que
Fazer mamadeira
Todo dia
Além de trabalhar
Como empacotadeira
Nas Casas Bahia...
Mamã África
A minha mãe
Mamã África
A minha mãe
Mamã África...
Chico César
O Último Adeus de Um Combatente
Naquela tarde em que eu parti e tu ficaste
sentimos, fundo, os dois a mágoa da saudade.
Por ver-te as lágrimas sangraram de verdade
sofri na alma um amargor quando choraste.
Ao despedir-me eu trouxe a dor que tu levaste!
Nem só teu amor me traz a felicidade.
Quando parti foi por amar a Humanidade.
Sim! Foi por isso que eu parti e tu ficaste!
Mas se pensares que eu não parti e a mim te deste
será a dor e a tristeza de perder-me
unicamente um pesadelo que tiveste.
Mas se jamais do teu amor posso esquecer-me
e se fui eu aquele a quem tu mais quiseste
que eu conserve em ti a esperança de rever-me!
Vasco Cabral
sentimos, fundo, os dois a mágoa da saudade.
Por ver-te as lágrimas sangraram de verdade
sofri na alma um amargor quando choraste.
Ao despedir-me eu trouxe a dor que tu levaste!
Nem só teu amor me traz a felicidade.
Quando parti foi por amar a Humanidade.
Sim! Foi por isso que eu parti e tu ficaste!
Mas se pensares que eu não parti e a mim te deste
será a dor e a tristeza de perder-me
unicamente um pesadelo que tiveste.
Mas se jamais do teu amor posso esquecer-me
e se fui eu aquele a quem tu mais quiseste
que eu conserve em ti a esperança de rever-me!
Vasco Cabral
Chegada a... África
Cheguei à Guiné-Bissau dia 6 de Janeiro de 2006. A imagem que guardo desse dia passa pela confusão no aeroporto: pessoas, muitas pessoas passarinhavam de um lado para outro, em cima das carrinhas de caixa aberta mais pessoas, muitas pessoas…
As ruas por onde passámos estavam às escuras, tudo numa calma aparente, pois essas pessoas que estavam no aeroporto haviam de ter ido, certamente, para algum lugar, mas na Guiné-Bissau a noite é mais escura e não nos permite ver mais do que escuridão.
A imagem que guardo não é, contudo, negativa. Finalmente estava em África, finalmente iria perceber por que razão sempre quis conhecer África.
E percebi.
As ruas por onde passámos estavam às escuras, tudo numa calma aparente, pois essas pessoas que estavam no aeroporto haviam de ter ido, certamente, para algum lugar, mas na Guiné-Bissau a noite é mais escura e não nos permite ver mais do que escuridão.
A imagem que guardo não é, contudo, negativa. Finalmente estava em África, finalmente iria perceber por que razão sempre quis conhecer África.
E percebi.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
África
Desde muito cedo uma paixão. Motivo: não sei. Nunca conheci ninguém ligado a África que me pudesse ter influenciado ou levado a querer conhecer. Talvez os livros, talvez as imagens televisivas de uns quantos programas que fui vendo.
Lembro-me de, quando ainda muito jovem, ter lido O Principezinho de Saint-Exupéry e de sonhar com essas árvores estranhas de que o narrador nos fala: os embondeiros.
As pessoas mais próximas foram-se apercebendo dessa paixão e, de repente, as prendas de Natal e de aniversário estavam relacionadas com este continente.
Tudo não passava de um sonho, de uma vontade enorme de conhecer. Até que um dia...
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