sábado, 27 de setembro de 2008

Mudar de vida

Agora podem encontrar-me em http://comsequenciabissau.blogspot.com/.

Beijinhos

domingo, 31 de agosto de 2008

Casamento do S. e da S.


Foi lindo ver-vos FELIZES . Adorei tudo e adoro ser vossa amiga e fazer parte da vossa vida. Sou mais feliz por vos ter. Foi com lágrimas que me despedi de vocês, não por achar que não voltamos a estar juntos, mas por saber que já não vou estar fisicamente tão presente. Vocês são pessoas fantásticas e é triste afastarmo-nos (fisicamente, claro) de pessoas assim. Foram bons todos os momentos que passámos juntos: a treta até às tantas, as "bebedeiras", as férias em conjunto,... até o trabalho corria bem.
Apetecia-me escrever tanta coisa, mas não consigo fazer passar tudo o que sinto. Vocês sabem...
ADORO-VOS. Sejam felizes, muito. Cuidem um do outro e lembrem-se sempre do que vos fez resolver ficar juntos: cada um é especial para o outro. Não esqueçam nunca essa coisa especial que vos faz sorrir quando estão os dois.
BEIJINHOS, BEIJINHOS, BEIJINHOS

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Cor


quarta-feira, 27 de agosto de 2008

:)

Feitiço
Andre Sardet


Eu gostava de olhar para ti,
E dizer-te que és uma luz,
Que me acende a noite, me guia de dia e seduz.
Eu gostava de ser como tu,
Não ter asas e poder voar,
Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar.


Eu não sei o que me aconteceu.
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu.


Eu gostava que olhasses para mim,
E sentisses que sou o teu mar,
Mergulhasses sem medo,
um olhar em segredo, só para eu
Te abraçar.


Eu não sei o que me aconteceu,
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém
Como tu.


O primeiro impulso é sempre mais justo,
é mais verdadeiro.
E o primeiro susto dá voltas e voltas
na volta redonda de um beijo profundo.

Eu...
Eu não sei o que me aconteceu.
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu...
Eu...Não sei o que me aconteceu,
Foi feitiço,
O que é que me deu?
Para gostar tanto assim de alguém,
Como tu...
Como tu.

Está quase a chegar o grande dia... O S. e a S. vão casar-se

FELICIDADESAMORDINHEIROETERNIDADESAÚDE
SAÚDEETERNIDADEDINHEIROAMORFELICIDADES
FELICIDADESAMORDINHEIROETERNIDADESAÚDE
SAÚDEETERNIDADEDINHEIROAMORFELICIDADES
SAÚDEDINHEIROETERNIDADEAMORFELICIDADES

Felicidades

O D. e a S. são dois profs do PASEG que resolveram juntar os trapinhos este ano.

Que na vossa vida estejam sempre presentes:
-a Felicidade;
-o Amor;
-a Saúde;
- o Dinheiro.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Os nossos óculos de Sol


PAZ


terça-feira, 22 de julho de 2008

O PASEG

O trabalho dos professores portugueses na Guiné-Bissau vai muito para além da docência e é isso que o torna especial. Trabalhar na Guiné-Bissau é conviver diariamente com a incerteza e com a mudança. É com isto que os professores portugueses e a coordenadora lidam ao longo do ano lectivo.

O PASEG tem um grande impacto em Bissau que todos reconhecem. As actividades desenvolvidas pelos professores têm como primeira finalidade promover o uso da LP e a verdade é que o Português começa a ser sentido como uma das línguas dos guineenses. Sentimo-lo na procura aos cursos de Língua, na participação em massa em todas as actividades por nós desenvolvidas, no número de frequentadores das OfLP, na solicitação de apoio em diferentes áreas, nas conversas que ouvimos na rua.

Estive a leccionar durante três anos lectivos na Guiné-Bissau. Considero que a experiência foi extremamente enriquecedora e que jamais deixarei o PASEG, apesar de este ano não ter renovado o meu contrato por motivos profissionais e académicos. Os professores portugueses são muito acarinhados pelos guineenses, facto este que prova que reconhecem o nosso trabalho e que nos incentiva a ultrapassar os momentos menos bons. Sabemos que à nossa espera está sempre um sorriso contagiante e esse sorriso jamais será esquecido!!!

Pretendo voltar a senti-lo…, um dia!

Catarina Furtado na OfLP do Liceu Nacional Kwame N'Krumah


Pois é, a Catarina Furtado presenteou-nos com a sua visita enquanto Embaixadora da Boa Vontade da FNUAP.
Fica aqui a foto que tirou com os professores.


Papa Louca


Este foi um dos locais onde passei muito tempo em Bissau. Lembro-me da 1ª coisa que por aqui comi: espetadas mistas com batata e arroz.
Para além da comida, aqui pude sempre contar com a presença amiga do A.

Obrigada por todos os bons momentos aqui passados.
Obrigada pela "surpresa" que nos preparaste.
Obrigada pela amizade.

Tudo de bom para ti.

P.S.: Fico à espera de um "Papa Louca" lá pelo Norte. :)

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Alegria













Sorrisos






















domingo, 20 de julho de 2008

Ao S. e à S.

Não podia deixar Bissau, sem vos deixar umas palavrinhas:


ADORO-VOS!





sábado, 12 de julho de 2008

Obrigada :)

"Ola querida professora.
As coisas aqui vao bem comigo, o meu ingles ta ficando muito bem cada dia que passa.
Como esta? Como foi o ano lectivo deste ano?
Estou com tantas saudades das suas aulas, era a melhor de todas, voce criou alguem diferente em todos na turma. Vao mandar noticias assim que é possivel.
bjs, tenha uma optima ferias.

Por favor nao repare nos meus acentos, porque nao sei como posso usa-los neste computador. "

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Começaram ontem as saudades e são muiiiiiiiiitas


Ao longo de três anos saí de casa para vos ir ensinar Português. No início foi somente isso que me levou a aceitar o vosso pedido: ensinar. Mas não foi só isso que me levou a continuar aí ao longo de todo este tempo. Convosco sentia-me em casa. Sabia sempre que ao chegar aí era recebida com sorrisos, com amizade. Sabia que aí tinha sempre alguém… e tenho.

BRANSINHOANÍBALMÁRIOBINTOMIZÉ
FONSECACONSTANTINOZEZINHO
DJAMILATUTENGNADJENANEPAULA
ADULAISALIFSIDITIZAIMRITAMARIA
LILIANAMARIAJOSÉFRANCISCO
TOTÓALEXANDRESALIMO
EUGÉNIOMUSSA

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Para os meus amigos em Bissau



"Um dia a maioria de nós irá separar-se.



Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhámos.

Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.

Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.

Hoje não tenho mais tanta certeza disso.

Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.

Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe...nas cartas que trocaremos.

Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...

Aí, os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.

Vamo-nos perder no tempo...

Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:"Quem são aquelas pessoas? "Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto!

-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...

Quando o nosso grupo estiver incompleto...reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.

E, entre lágrimas abraçar-nos-emos.

Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.

Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.

E perder-nos-emos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Curso de Língua Portugesa

Estes são alguns dos alunos com quem trabalho semanalmente!
Admiro a vontade que têm de aprender, a vontade que têm de conhecer melhor uma língua que é também a minha.
Vêm a pé para o Liceu e chegam sempre com um "Bom dia, professora", sorridente.
Custa-me deixá-los por cá e saber que não lhes vou poder dar mais carinho, retribuir o sorriso... Gosto deles! Gosto daquilo que me fazem sentir sempre que termino o curso.
Fica a sensação de missão cumprida. Fica a certeza de que tudo fiz por eles, a certeza de que lhes ensinei não só português, como também coisas mais pequenas, mas muito mais importantes como o conhecerem-se uns aos outros pelo nome, o tolerarem as diferenças étnicas e culturais!

Gosto de todos vocês e espero voltar a encontrar-vos um dia. Nunca debaixo da mangueira a deixar passar a vida!!!!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O cravo

O cravo tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Ao amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, solidárias com os soldados revoltosos; alguém começou a distribuir cravos vermelhos para os soldados, que depressa os colocaram nos canos das espingardas.

«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegaml
evam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre

Viva Abril

Não tenho por hábito ligar muito aos feriados. Normalmente são dias óptimos porque dão para ficarmos em casa a descansar! Mas, este feriado é um feriado muito especial e, por isso, não posso, não quero deixar que passe indiferente! Assim, deixo aqui a senha que nos deu um dos bens mais preciosos de todos: a LIBERDADE! Viva o 25 de Abril.


Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor~
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

Mário de Carvalho

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Um Pouco de Céu

Só hoje senti
Que o rumo a seguir
Levava pra longe
Senti que este chão
Já não tinha espaço
Pra tudo o que foge
Não sei o motivo pra ir
Só sei que não posso ficar
Não sei o que vem a seguir
Mas quero procurar

E hoje deixei
De tentar erguer
Os planos de sempre
Aqueles que são
Pra outro amanhã
Que há-de ser diferente
Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu
Um pouco de céu

Só hoje esperei
Já sem desespero
Que a noite caísse
Nenhuma palavra
Foi hoje diferente
Do que já se disse
E há qualquer coisa a nascer
Bem dentro no fundo de mim
E há uma força a vencer
Qualquer outro fim

Não quero levar o que dei
Talvez nem sequer o que é meu
É que hoje parece bastar
Um pouco de céu
Um pouco de céu

Mafalda Veiga

terça-feira, 18 de março de 2008

O Palácio da Ventura



Sonho que sou um cavaleiro andante.

Por desertos, por sóis, por noite escura,

Paladino do amor, busca anelante

O palácio encantado da Ventura!


Mas já desmaio, exausto e vacilante,

Quebrada a espada já, rota a armadura...

E eis que súbito o avisto, fulgurante

Na sua pompa e aérea formusura!


Com grandes golpes bato à porta e brado:

Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...

Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!


Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...

Mas dentro encontro só, cheio de dor,

Silêncio e escuridão -- e nada mais!


Antero de Quental

domingo, 9 de março de 2008

Namorar é... cortar o cabelo




Um destes dias, estava eu a dar formação a professores de Português guineenses (GAP) quando, ao perguntar possíveis dúvidas dos alunos em relação ao vocabulário do texto, um professor me diz que, muito provavelmente, os alunos não entenderiam o significado da palavra namorar. Perguntei, então, aos professores da formação o significado do termo namorar. O mesmo professor que me disse que possivelmente os alunos não reconheceriam o termo, responde-me que namorar significa "cortar o cabelo". Explicou-me entretanto de onde tinha retirado o significado. Foi a um dicionário que tinha como sinónimo de namorar a palavra cortejar. Como não sabia o significado desta palavra, foi vê-lo. Encontrou "fazer a córte". Ora, continua ele, fazer a córte é cortar o cabelo. Fiquei calada por uns segundos a tentar evitar o riso. Só depois lhe expliquei que não era "fazer a córte", mas sim "fazer a côrte"...




Note-se que por cá não é muito fácil distinguir feminino e masculino. Daí que para o meu colega, o corte e a corte sejam a mesma coisa.




NB. Os acentos na palavra corte foram colocados, simplesmente, por causa da pronúncia.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mudam-se os tempos: devemos mudar as vontades





Recomeça….


Se puderes

Sem angústia

E sem pressa.

E os passos que deres,

Nesse caminho duro

Do futuro

Dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances

Não descanses.

De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,

Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.

Sempre a sonhar e vendo

O logro da aventura.

És homem, não te esqueças!

Só é tua a loucura

Onde, com lucidez, te reconheças…


Miguel Torga
P.S.: Imagem: Maternidade de Almada Negreiros